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“Interpoética” desde Recife, Brasil

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Por: Sennor Ramos, Raimundo de Moraes & Cícero Beldar. Cheio de saudade dos nossos amigos e leitores, o Portal Interpoética vem com muitas novidades na sua atualização de capa. Confira a ótima entrevista que Rita Marize concedeu ao nosso editor Cícero Belmar e também a opinião do Belmar sobre a importância do Sesc Pernambuco na programação cultural do nosso estado. No Cardápio de Poesia dois nomes adicionam mais talento ao nosso menu literário: Clécio Rimas e Taciana Oliveira. Já conhece o trabalho de Fernando Chile? Então aproveite e leia os poemas do seu livro Sujeito a reboque, aqui inteirinho disponível para leitura. Nas colunas, trazemos um belo conto de Alexandre Furtado, que com certeza vai emocionar muita gente. Carminha Bandeira reconstitui a sua recente visita a Petrolina, Cícero Belmar faz um miniestudo sobre o que fala e o que (en)canta: a boca. Cleyton Cabral com seu Inventário. Elisabet Gonçalves dá seus pitacos sobre erotismo e poesia, Flavinha Gomes com propriedade faz uma apologia ao jumento e Geórgia Alves traz um artigo sobre A hora da estrela, um dos livros mais lidos e estudados de Clarice Lispector. Literatura também é o assunto da coluna do João Gomes neste mês, e Jomard Muniz de Britto faz mais um atentado poético, para "‘perturbar as hierarquias entre ‘alta cultura’ universitária e subterrâneos tropicalistas’". Entre o sonho e a realidade, a arte-educadora e drag queen Meg Merlin conta por que se desiludiu com Che Guevara e nos faz pensar sobre a construção dos mitos, os antigos e os modernos.
 E por falar em mitos, encerramos este nosso recado com um aniversariante do mês de agosto, o argentino Jorge Luis Borges. O efêmero e o tempo aqui retratados no poema São os rios. Tradução de Pepe Escobar:

Somos o tempo. Somos a famosa
parábola de Heráclito o Obscuro.
Somos a água, não o diamante duro,
a que se perde, não a que repousa.
Somos o rio e somos aquele grego
que se olha no rio. Seu semblante
muda na água do espelho mutante,
no cristal que muda como o fogo.
Somos o vão rio prefixado,
rumo a seu mar. Pela sombra cercado.
Tudo nos disse adeus, tudo nos deixa.
A memória não cunha sua moeda.
E no entanto há algo que se queda
e no entanto há algo que se queixa.


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